A autodeterminação de adolescentes com e sem dificuldades intelectuais e desenvolvimentais: estudo comparativo
Autodeterminação de adolescentes com e sem DID: estudo comparativo
Palavras-chave:
Autodeterminação, Teoria do agente causal, Avaliação, Escolhas, AutorrelatoResumo
A autodeterminação, no campo da dificuldade intelectual e desenvolvimental (DID) e educação é um dos constructos que maior reconhecimento tem tido nas últimas décadas e que tem permitido a reflexão sobre a funcionalidade da aprendizagem ao longo da vida. A nível nacional os poucos estudos envolvem adultos institucionalizados, constatando-se a escassez de evidências do perfil autodeterminado dos adolescentes, mesmo considerando as evidências do seu impacto no sucesso da transição para a vida adulta e ativa. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de autodeterminação de jovens com e sem DID, aplicando-se o inventário de autodeterminação (autorrelato) a 44 adolescentes entre os 13 e 18 anos (15.82±1.8), 26 do género feminino e 18 do género masculino, com (n=17) e sem (n=27) DID. Os adolescentes com DID tendem a reportar valores médios inferiores aos pares típicos, com diferenças significativas na autonomia e controlo das expetativas, apesar da inexistência de diferenças na maioria dos itens. A autodeterminação parece evoluir com a idade e os participantes do género feminino apresentam valores médios tendencialmente superiores. A reorganização curricular deve afastar-se da tradicional visão dos conteúdos académico-cognitivos, para se introduzirem novas competências transversais e para todos, e que são reforçadas pelos mais recentes normativos educativos.
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